Se você é micro ou pequeno empreendedor, apostamos que trabalhou duro para fazer a sua empresa crescer, tomando conta de processos, logística, vendas, marketing e, claro, do financeiro.

No entanto, além de planejar os passos do seu empreendimento, é importante não se esquecer de reservar tempo — e dinheiro — também para você.

Afinal, submeter o corpo e a mente a longos períodos de esforço e estresse faz com que nossa produtividade, criatividade e atenção caiam vertiginosamente.

Então, sim, tirar férias é ótimo para você. E melhor ainda para sua empresa.

Organização financeira

O combinado não sai caro, diz o ditado. E quando se trata de equilibrar as finanças pessoais e empresariais, isso é ainda mais verdadeiro. Desse modo, um planejamento financeiro de curto e longo prazos é fundamental.

Quem empreende está sujeito a um fluxo de caixa variável. Na prática, significa que nem sempre é possível prever quanto vai entrar de dinheiro em cada mês.

O primeiro passo para um planejamento de férias é separar suas despesas em categorias e se certificar de que existem recursos destinados aos gastos mensais, à reserva de emergência e à aplicação em investimentos.

Mesmo trabalhando como Microempreendedor Individual (MEI) , é importante calcular o que seria o equivalente ao décimo terceiro salário, pois quem optou por esse regime não recebe o benefício e nem tem férias remuneradas. Assim, preveja dentro do seu pagamento um valor destinado ao seu período de repouso.

Feito isso, você garante que vai ter os recursos financeiros necessários para aproveitar o merecido descanso.

Prepare-se para o descanso

Quem é MEI tem direito a contratar um funcionário. Se esse é o seu caso, antes de tirar férias, lembre-se de passar o bastão do que for necessário para seu braço direito.

E se você tiver uma equipe, é preciso pensar em quem assume o controle durante sua ausência.

Feito isso, chegou o momento de se organizar com o trabalho e com os parceiros, sejam eles funcionários, sócios ou clientes, para que nada fique pendente.

Não se esqueça de deixar um aviso no e-mail e o contato de quem pode atender qualquer solicitação no período.

Afinal, ninguém quer ter que abrir o notebook com os pés na areia da praia, não é mesmo?

Férias coletivas

Dependendo do porte da empresa, do ramo do seu negócio e do tamanho da equipe, vale a pena considerar férias coletivas.

Nesse caso, existem regras estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A primeira coisa a saber é que essas regras não se aplicam a empreendedores enquadrados nos regimes de MEI e Simples Nacional.

Além disso, férias coletivas são uma escolha do empregador, que poderá concedê-las em até dois períodos anuais, nenhum deles inferior a 10 dias corridos. Os funcionários devem ser avisados e sinalizados com antecedência.

Também é necessário notificar o órgão local da Secretaria do Trabalho (DRT). Essa comunicação pode ser feita pelo site do Governo Federal e precisa conter as datas de início e fim do descanso, além da sinalização dos estabelecimentos e/ou setores abrangidos.

Conceder férias coletivas pode ser uma escolha acertada. Principalmente quando há desequilíbrio nas contas, quando não é financeiramente interessante ter os funcionários trabalhando ou quando há falta de insumos para se manter uma produção.

Pesquise e planeje

Para descansar sem susto, você precisa pesquisar e planejar para onde quer ir, quais os passeios deseja fazer e quanto tempo pretende ficar no destino escolhido.

Saber quando você deseja viajar também é relevante, pois há diferenças consideráveis de valores, de acordo com a alta ou a baixa temporadas de turismo. Para gastar menos, prefira os meses entre março e junho, ou entre agosto e novembro.

Fonte: https://blog.bb.com.br